Oferecer… Dar… Entregar… Tudo o
que se tem nas mãos de Deus… Que atitude tão cheia de despreendimento, mas
acima de tudo, de confiança. Falta tanta confiança em Deus, na Sua existência e
na Sua Palavra.
As viúvas de que nos fala a
Palavra de Deus no livro dos Reis e no evangelho de Marcos são o símbolo dos
mais frágeis, pobres, humanos, mas também disponíveis para confiar totalmente no
Senhor. A viúva de Sarepta acolheu o pedido do profeta Elias, sabendo que no
meio da seca que assolava a região, ela e o seu filho deixariam de ter alimento.
Mas mesmo assim aceitou confiar na palavra do profeta que prometia que nunca
mais lhe faltaria nem farinha nem azeite.
Já a viúva que foi ao templo dar
a sua esmola, deu tudo o que possuía: a esmola, o seu coração, a sua vida… Que
atitude impressionante a desta mulher, que Jesus tomou para ensinar aos
discípulos (para nos ensinar a nós) o valor de dar tudo, ou seja, o valor de
entregar a vida e confiá-la vida nas mãos de Deus. Pois dar o que sobra é um
feito extraordinário? Darmos a Deus o tempo que nos sobra no dia-a-dia ou na
semana (e é quando damos) é algo de fantástico? Faz-me lembrar as sobras de
comida que são guardadas no frigorífico, para só se irem buscar quando são precisas,
e por vezes para não dar trabalho (gastar tempo) a fazer nova refeição. Não
seremos por vezes assim com Deus? Deixamo-l’O na Igreja (ou em qualquer outro
lugar) à espera que tornemos a precisar d’Ele, para quando chegarmos Ele estar
lá pronto a ser usado. Esta era a atitude dos doutores da Lei: cumpriam regras
e leis, mas o culto era vazio de sentido e mera fachada.
Hoje podemos aprender a acolher
tudo o que Deus Criador nos dá: a vida. Ao acolhê-la também podemos dedicar espaços
de tempo a confiá-la nas Suas mãos, a entregá-la sem medo. Dar tudo quanto se
possuí para viver é dar o que somos, darmo-nos a nós mesmos: o nosso coração e
os nossos bens!
Confiamos na Palavra de Deus como
a viúva de Sarepta? Damos o que temos e o que somos por amor a Deus e ao
próximo? Entregamos a nossa vida como Cristo se ofereceu e oferece para nossa
Salvação? Vale a pena pensar nisto… (penso eu!)