Estar alegres na Luz é conseguir colocar a esperança em Cristo que é a Luz do mundo. Quantas são vezes eu me perco nas trevas e não me esforço por encontrar a Luz? Quantas são vezes a Luz está à minha frente e eu me desvio dela? Quantas são as vezes que estou imerso em mim mesmo e não me dou ao próximo?
Samuel é enviado por Deus a ungir David como Rei. O profeta, ao chegar, vai-se dirigindo a cada um dos filhos de Jessé, pela aparência deles. O Senhor diz-lhe que não é nenhum deles, mas o outro que não estava ali, o mais novo que estava a guardar os rebanhos. Deus escolhe pelo coração e não pela aparência. Deus escolhe pela sua vontade e não pela vontade humana. Nós quando nos vemos uns aos outros, como o fazemos?
S. Paulo, na carta ao Efésios, deixa-nos o claro desafio de vivermos como filhos de Deus: "vivei como filhos da luz". Os filhos da luz dão frutos bons: bondade, a justiça e a verdade. esta exortação de S. Paulo é para todos os batizados. É para mim e para todos nós, filhos de Deus. Mas vivemos como filhos da luz ou como filhos das trevas?
Jesus ao caminhar encontra no percurso um cego de nascença. "Eu sou a luz do mundo". A este cego restitui-lhe a visão, ungindo-o com saliva e terra, mas desafia-o a que o mesmo faça também um percurso para que fique limpo e veja a luz com clareza (até á piscina de Siloé). O Senhor toca-nos e incentiva-nos a caminhar, ou seja, a fazer o percurso de fé. Depois, são os amigos, conhecidos e fariseus que falam da sua visão. Dão-se conta de que Ele vê, mas recusam-se a "abraçar" e aderir à Luz que lhe deu a luz. Acontece isto também na nossa vida: o Senhor toca-nos, nós fazemos o caminho, damos a conhecer o caminho que fazemos até à Luz, mas uns aceitam vê-la, mas outros recusam vê-la.
Como batizado sou testemunho vivo de Jesus que me toca e através de mim quer continuar a tocar os outros com a luz da bondade, da justiça e da verdade?