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terça-feira, setembro 12, 2023
desabafo (n)
terça-feira, setembro 05, 2023
desabafo (m)
Imagens de pessoas e situações que revelam desespero, não faltam! E o desespero que por vezes nos assombra a nós mesmos e pessoas que estão mesmo ao nosso lado? Desespero que está em silêncio, calado, quieto... Desespero que não é revelado por medo e por ignorância. Desespero que não é tratado com amor, com afetos, com fraternidade. Desespero que quer falar bem alto e gritar,... mas não,... fica reprimido. Desespero que se revela muito mau para quem o sente e para quem, mais tarde, pode ser tomado por ele. Parece que muitos o vão sentindo (eu próprio), não por falta de confiança e entrega a Deus, mas pela falta de humanidade e fraternidade humana (cada vez mais evidente). Há esperança, sempre. Sempre que alguém se sente e ouve... sempre que alguém surpreende com uma palmadinha nas costas... sempre que há um piscar de olhos quando não se conta com ele... sempre que há um telefonema "do nada"... sempre que há um convite para "um copo"... Ainda há esperança que o desespero não vença no silêncio, mas que a fraternidade seja a bandeira da vitória.
terça-feira, agosto 22, 2023
desabafo (l)
A incompreensão. É realmente estranho quando as pessoas que se dizem ser amigas são as primeiras que não suportam a vida do amigo e que, num momento completamente despropositado, faz com que a amizade seja totalmente posta em causa. Assim, pela falta de compreensão do que é ser um verdadeiro amigo, desfaz-se o que está feito e pensava estar bem feito e bem enraizado. De facto, para as pessoas, as mesmas pessoas são descartáveis. Vão e vêm. Estão no coração como estão no pé. E isto também é incompreensível, como se descartam as pessoas que são de coração, mas que deixam de o ser. Estica-se a mão tantas vezes, mas basta uma vez para que a mão seja recusada. É triste? Não. É incompreensível. Tudo o que é incompreensível, só precisa de alguma paz. Em nome de vivermos todos em paz, empenhemo-nos por viver em paz uns com os outros. Basta isto, mesmo que para tal seja preciso calar e ficar de boca fechada.
segunda-feira, agosto 14, 2023
desabafo (k)
Sorrir de verdade ou não sorrir de maneira nenhuma ou sorrir de hipocrisia? Estes são os modos de sorrir que muita vezes se procuram e encontram (ou não). Há quem peça sorrisos verdadeiros quando o estado de alma assim não o quer fazer. Há quem não queira os sorrisos porque esses não lhe dão nada de novo sobre a pessoa. Há quem queira simplesmente que se mostre um sorriso porque assim sempre pode alegrar o seu dia. E o meu dia? E o nosso dia? E se o coração não quer sorrir? Às vezes não são os sorrisos que importam mas a mão próxima, a palavra escutada, a presença fraterna, uma mensagem escrita ou falada... Às vezes não são os sorrisos que contam, mas sim a proximidade. Precisa-se mais de mais proximidade, de mais toque, de mais palavras sinceras e fraternas, para que os sorrisos possam surgir como verdades do coração e da alma.
quinta-feira, agosto 10, 2023
desabafo (j)
Ódio. Uma palavra muito forte, tal como o próprio sentimento e forma de vida são terríveis e corroem a própria vida. Ouvir da boca de alguém a dizer: "odeia-te", é impactante e triste. O impacto é por ser algo tão mau que não se compreende o porquê de haver "ódio" no coração de alguém, mas que depois se transforma em tristeza porque não se entende o porquê de haver ódio se eu não fiz nada para ser alvo e ser tratador desse mesmo ódio. À medida que o tempo passa, já não é só o que se ouve dizer que odeia que causa impacto, mas o não saber a razão do ódio e o não entender o porquê de algo tão mau continuar a existir. Depois surge outro pensamento: porque é que se alimentam ódios, quando já se sabe que o ódio corrói, destrói e mata a vida. Isto podem parecer só pensamentos soltos, mas o ódio é inexplicável, ao passo que o amor é confortante e dá sorrisos e palavras boas. Fora o ódio! Haja só Amor!
segunda-feira, agosto 07, 2023
desabafo (i)
De repente, olho e vejo, a ternura e simplicidade de gestos genuínos, mas incompreendidos pelos demais. Que mal haverá em sorri e dar uma gargalhada genuinamente? Faz mal a alguém ou faz bem à alma e pode ser um contágio inebriante e refrescante para a vida de alguém que ouve e pode querer participar na gargalhada? Não será que já se é sisudo demais na vida e por causa da vida, para que se deixe de gargalhar a própria vida? É certo que há gargalhadas que não apetecem ser dadas nem ouvidas, mas podem ser necessárias para dar a volta a algumas situações que apertam mais a própria vida do que a libertam. Gargalhar a vida com força, porque, como alguém sábio dizia: "tristezas não pagam dívidas e lágrimas não regam lameiros".
quarta-feira, agosto 02, 2023
desabafo (h)
Há realmente muitas coisas se se passam ao redor que não se dá conta delas, seja vida de pessoas próximas e/ou conhecidas, seja sobre o que se diz ou pensa sobre nós mesmos. É "estranha esta forma de vida" porque parece que nos é exigido sermos pessoas perfeitas, sem falas e há sempre alguém à espreita para que à primeira ou segunda quedas se apontem dedos e palavras afiadas, sem pensar no outro lado e sem pensar em si mesmo. É realmente "estranha esta forma de vida" que pouco é de cuidar do bem do próximo, mas que se revela na procura do seu mal e da sua desgraça. Surge-me o pensamento: dos que nos querem mal, livrai-nos Senhor. Querer mal a alguém só por querer ou por não se concordar com algo da sua vida, é uma "estranha forma de vida". Hoje dou comigo a pensar na grande falta de coração humano. Coração humano que sabe e consegue olhar o outro pelo que ele é e não pelo que eu queria que ele fosse. Coração humano que ame com as limitações próprias da humanidade, mas que vá além das limitações e consiga ver bem mais que o próprio umbigo. Respira,... serena,... reza um pouco,... as "estranhas formas de vida não passam" mas podem vir a ser mais toleráveis.