terça-feira, julho 02, 2024

em reflexão... (31) seduziste-me, Senhor, e eu deixei-me seduzir

 

Quando se completam 18 anos, diz-se que se chega a maioridade. Eu completo 18 anos de ordenação presbiteral no dia 2 de julho, mas não me sinto (se é que me devesse sentir) ter chegado a uma maioridade. Sinto que de ano para ano me tenho entregue mais a Deus no serviço ao próximo. Sinto que tenho aprendido a olhar mais Deus no rosto da humanidade. Sinto que Deus me perdoa porque me reconheço mais pecador. Sinto que Deus me ama no amor das pessoas, estejam elas mais próximas de mim ou mais afastadas, pois todos são rostos de Deus. Sinto que sou frágil e que sozinho pouco posso fazer (apesar de ás vezes poder transparecer e achar que não). Sinto que rezo mais. Sinto que tenho crescido em sabedoria e interioridade. Sinto que preciso de toda a obra criadora de Deus para viver, para a defender, para a amar. Sinto que não sou sempre agradável, mas que me esforço cada vez mais por sorrir, ser amável, ser ouvinte e estar, simplesmente estar. Sinto que falta ainda muita coisa para crescer, não para ser consensual entre todos, mas para ser rosto de Deus.

Por tudo isto, e muito mais, sei que não cheguei a uma maioridade de caminho, a uma qualquer meta, e sei que quero continuar a caminhar com o olhar colocado em Jesus, pois só n’Ele, com Ele e para Ele é que tudo faz sentido. Por isso continuo a dizer e a sentir que Sinto que Ele me continua a seduzir e eu me continuo a deixar seduzir, com as fragilidades próprias de uma pessoa, as limitações de carácter e de humanidade, mas não baixando os braços e me resignando diante dos obstáculos da vida.

Assim,... Dou graças ao Senhor por tudo o que Ele faz por mim. Dou graças ao Senhor  por todas as pessoas que são parte de mim e que me fazem crescer todos os dias. Dou graças ao Senhor por todos os que são porto seguro para mim e quero que saibam que estou de braços abertos para todos, todos, todos… apesar de às vezes não transparecer.

Paz e bem!

 

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