segunda-feira, setembro 08, 2025

coração a coração (a)


O coração é o lugar de muitas coisas e o "motor" do corpo humano. É evidentemente imprescindível para haver vida. No coração muita coisa se passa. Neste momento lembro (após ler um artigo sobre pôr fim à vida, de pessoas que se dão por inteiro ao mundo) que o coração muitas vezes guarda para si e suporta tantas palavras, tantas paisagens, tantas dores e tantas outras coisas, que acaba por se sentir rebentar de um momento para o outro. Por isto recordo que não devemos rebentar o coração uns dos outros, para que não se dê o caso de outros rebentarem com o meu. Sim... é muito fácil e rápido rebentar com o coração. Não se rebenta o coração por excessos de amor e bondade, mas rebenta-se o coração por excessos de exigências e cobranças. Exigir e cobrar de um coração humano aquilo que é a perfeição não praticada nem desejada na própria vida, rebenta com ele. Posso pensar em muitas coisas que são as exigências e cobranças dos outros ao meu coração... prefiro pegar nele e dá-lo ao Senhor, para n'Ele encontrar descanso e repouso. Tudo posso n'Aquele que me dá força.

quarta-feira, setembro 03, 2025

em reflexão... (44) dar tudo a Cristo




Há muitas inquietações que nos podem assolar a alma e o coração. Cada um tem as suas e cada um haverá de as colocar em Deus, quando assim se dispuser a tal. Mas: vale mais viver as inquietações para si mesmo, no seu “casulo”, no seu isolamento, por vezes em nome do “ninguém tem nada a ver com isso”, do que partilhar as inquietações na comunidade? Sim, na comunidade. Nós não nos juntamos em oração só para um preceito cumprido, mas juntamo-nos por Cristo, com Cristo e em Cristo, para que também as inquietações de um possam tornar-se oração de muitos e fortaleza no coração de mais alguns.

Não é preciso descobrir o que já está descoberto há muito tempo, mas é preciso redescobrir o valor da fraternidade e da unidade sem “segundas intenções”. Por isto é preciso reaprender a dar tudo a Cristo. Talvez esta redescoberta tenha que passar para o centro das nossas vidas humanas, espirituais e sociais, pois é uma experiência pessoal e comunitária a ser valorizada cada vez mais. Assim, o que é dar tudo a Cristo? É dar-lhe o que penso e o que não penso. É dar o que acredito e o que não acredito. Dar as alegrias e as tristezas. Dar os sorrisos e as lágrimas. Dar as pessoas que nos são próximas e as afastadas. Dar os que me querem bem e os que me querem mal. Dar as boas palavras. Dar os desesperos para receber a esperança. Dar os pesos do coração para alcançar o alívio. Dar… simplesmente dar a Jesus.

Na ação de dar tudo a Cristo, conseguirei também entender que a alegria da vida está mais em dar do que em receber e, se dou coisas boas, se espalho o bem e o amor, vou recebê-los também na vida: primeiro de Cristo e depois de Cristo nas pessoas e no mundo. Assim, será bom estarmos mais juntos, mais próximos e sermos mais unidos na fé e na esperança. Com coragem, com amor, com perdão e tolerância, disponhamo-nos a dar tudo a Cristo e a darmo-nos uns aos outros. Paz e Bem.