Há muitas inquietações que nos podem assolar a alma e o coração. Cada um tem as suas e cada um haverá de as colocar em Deus, quando assim se dispuser a tal. Mas: vale mais viver as inquietações para si mesmo, no seu “casulo”, no seu isolamento, por vezes em nome do “ninguém tem nada a ver com isso”, do que partilhar as inquietações na comunidade? Sim, na comunidade. Nós não nos juntamos em oração só para um preceito cumprido, mas juntamo-nos por Cristo, com Cristo e em Cristo, para que também as inquietações de um possam tornar-se oração de muitos e fortaleza no coração de mais alguns.
Não é preciso descobrir o que já está descoberto há muito tempo, mas é preciso redescobrir o valor da fraternidade e da unidade sem “segundas intenções”. Por isto é preciso reaprender a dar tudo a Cristo. Talvez esta redescoberta tenha que passar para o centro das nossas vidas humanas, espirituais e sociais, pois é uma experiência pessoal e comunitária a ser valorizada cada vez mais. Assim, o que é dar tudo a Cristo? É dar-lhe o que penso e o que não penso. É dar o que acredito e o que não acredito. Dar as alegrias e as tristezas. Dar os sorrisos e as lágrimas. Dar as pessoas que nos são próximas e as afastadas. Dar os que me querem bem e os que me querem mal. Dar as boas palavras. Dar os desesperos para receber a esperança. Dar os pesos do coração para alcançar o alívio. Dar… simplesmente dar a Jesus.
Na ação de dar tudo a Cristo, conseguirei também entender que a alegria da vida está mais em dar do que em receber e, se dou coisas boas, se espalho o bem e o amor, vou recebê-los também na vida: primeiro de Cristo e depois de Cristo nas pessoas e no mundo. Assim, será bom estarmos mais juntos, mais próximos e sermos mais unidos na fé e na esperança. Com coragem, com amor, com perdão e tolerância, disponhamo-nos a dar tudo a Cristo e a darmo-nos uns aos outros. Paz e Bem.
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