quinta-feira, outubro 02, 2025

reflexão... (45) tempo de esperança


Tempo de confusão? Tempo de indecisão? Tempo de convicção? Tempo de afirmação? Tempo de desilusão? Tempo de Esperança? Prefiro “tempo de esperança”.  Hoje, como ontem e como amanhã, há muitas coisas que se passam como conhecimento sem o ser. Há saberes que se passam mas não se “agarram”. Há testemunhos de vida que se transformam em memórias e que passam a esquecimentos. Por isto e muito mais, é tempo de esperança. “A esperança não engana” (Rom 5, 5) escreve São Paulo , e é uma das grandes verdades, pois há muitas pessoas que enganam, mas a esperança não. A esperança é uma chama que se mantém acesa na expectativa do que está para vir, no sentido cristão, a esperança está além de tudo o que agora se vive e crê pois projeta-nos para o que está para vir: o Céu.

Posso agora tocar o Céu? Posso tocá-lo, sim. Vivê-lo já será mais difícil, dizem alguns. Mas posso tocá-lo. Quando é que isso acontece? Sempre que sou e vejo o rosto de Deus no espelho e nos outros. Querer ser rosto de Deus, é querer ser amor e entregar a vida nas suas mãos. Num tempo em que o desespero pode parecer reinar, a esperança é confiança em Deus. “Porque não dás a tua vida a Deus?” é exigente, é verdade, pois faz sair do eu para o Tu. E o Tu de Deus é uma descoberta pessoal e comunitária. Por isso, não é interessante dar as desculpas de que os outros são isto ou aquilo, falam desta maneira e daquele ou da outra, e que por isso não me revejo em ser igreja. Pois eu tenho esperança de não me ver e de não me verem pelas minhas fragilidades, mas pelas minhas virtudes. Tenho esperança de conseguir olhar mais as pessoas nos olhos do que “de lado”. Tenho esperança de que, apesar do mundo ser de lobos, os cordeiros mostrem o caminho certo. Tenho esperança de que este tempo seja de esperança e seja de uma espera ativa e reativa perante uma realidade que precisa da esperança de Deus. Paz e Bem!

 

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