terça-feira, junho 27, 2006

uma partilha de algo...BOM!!! (reflexão 2)



A espiritualidade da pessoa humana faz-se por um caminho que conduz a algum lugar. A espiritualidade é o que faz com que cada um de nós não se sinta nem esteja vazio em si e de si mesmo. Por isso a minha espiritualidade tem de ser algo fundamental na minha vida de sacerdote.
A espiritualidade passa pela santidade e vice-versa. Uma e a outra andam juntas, e ambas são uma vocação universal, ou seja, todos estamos no mesmo “pé de igualdade” para seguir uma missão. Esta missão é a missão de Jesus. Porque quero ser como Ele tenho de ser Ele próprio e caminhar nos seus passos.
Há um elo que me liga a Deus e que não pode ser abalado, por isso mesmo nada deve perturbar o meu coração (cf Jo 14, 1). Muitas coisas podem vir do exterior, mas o meu íntimo encontra-se ligado a Deus pelo amor que ele me dá e que eu tenho por Ele. É desta maneira que estamos ambos em comunhão profunda. Só nesta comunhão é que se pode continuar a descobrir e a evoluir no caminho da santidade.
O caminho que nos leva ao Pai é-nos apresentado por Jesus, e o lugar que Ele tem para nós é o reino dos Ceús (cf Jo 2, 4). Este caminho já o conheço, e quando penso que me perdi d’Ele, rezo a Deus e disponho-me a ouvir a Sua voz para encontrar o retorno.
Posso desanimar no meu percurso de sacerdote, mas isso só irá acontecer se não encontrar na Palavra de Deus a Luz e a força para o caminho. É a Palavra que dá vida ao mundo e o mundo vai buscar a sua vida a esta mesma Palavra. Por isso quero ser e ter uma relação profunda e íntima com a Palavra de Deus e a vida do Mundo.
Assim, poderei fazer a Evangelização, que já não mais fica no primeiro chamamento, mas que é um primeiro chamamento em constante renovação pelo Espírito. É na evangelização que quero ser reflexo de conversão e santidade.
A visão de Deus é algo que qualquer homem deseja, mas essa visão já a tenho diante de mim, e não preciso de a procurar muito. «Quem me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9). Esta visão tenho-a e posso continuar a tê-la sempre que fizer dos meus momentos de intimidade e oração, uma realidade. Não uma mera realidade para os outros, mas uma realidade para mim próprio.
Estou consciente que a centralidade fundamental da minha vida é a Eucaristia. Ela que até hoje o foi, mais o será agora, uma vez que por meio de mim, vou levar o memorial do sacrifício aos povos que me confiarão.
Tal como Jesus disse: «Eu sou a verdadeira vida, e meu Pai é o agricultor» (Jo 15, 1) eu quero dizê-lo em cada dia da minha vida. Não só dizê-lo, mas vivê-lo e realizá-lo com os colegas no sacerdócio.
Eu nada sou sem o outro que está a meu lado e por isso a minha espiritualidade e o meu crescimento rumo á santidade de vida, também passa pelo meio que me envolve. Quero estar todos os dias, até ao último suspiro da minha vida, como estou hoje: enamorado por Jesus Cristo, pois só assim poderei continuar a apresentá-l’O e a vivê-l’O como a pessoa viva e fascinante que Ele é.

2 comentários:

Sara disse...

"Deus deve estar contente por alguém amar tanto o Seu mundo." (Robert Browning)

:)

Maria disse...

Não tenho palavras,perante tanto amor a Jesus Cristo.
Só interiorizo.