desabafo (n)

É incompreensível, pelo menos para mim, a maldade humana. Felizmente (ou infelizmente) não sei viver com rancor e mágoa dentro de mim, e quando a sinto do exterior para mim, não entendo nunca a razão. Não sou melhor do que ninguém, só não entendo. Como não entendo a maldade, não entendo a necessidade da maledicência, da coscuvilhice e da má língua, só pelo simples prazer de fazer mal ao próximo. Não me venham com a conversa de que quando se fala mal de outra pessoa não se lhe deseja mal nenhum... Mal é mal e ponto. Não é quem faz e diz o mal que o sente, mas é quem o vê, ouve e sofre que o sente. Não é um bom sentimento. Deixa tristeza, incompreensão, ferida, dor... Já senti (e sinto isto) algumas vezes e não é bom. Desconfio que só há maldade quando não há sinceridade,... verdade,... bondade,... quando não há amor. Um coração que odeia é um coração que não ama, infelizmente. Pois onde há ódio não há amor, nem mesmo lá no fundo, no fundo, no fundo. É por causa disto que eu prefiro ter um coração que ama e que sofre com a maldade dos outros. 

desabafo (m)

Imagens de pessoas e situações que revelam desespero, não faltam! E o desespero que por vezes nos assombra a nós mesmos e pessoas que estão mesmo ao nosso lado? Desespero que está em silêncio, calado, quieto... Desespero que não é revelado por medo e por ignorância. Desespero que não é tratado com amor, com afetos, com fraternidade. Desespero que quer falar bem alto e gritar,... mas não,... fica reprimido. Desespero que se revela muito mau para quem o sente e para quem, mais tarde, pode ser tomado por ele. Parece que muitos o vão sentindo (eu próprio), não por falta de confiança e entrega a Deus, mas pela falta de humanidade e fraternidade humana (cada vez mais evidente). Há esperança, sempre. Sempre que alguém se sente e ouve... sempre que alguém surpreende com uma palmadinha nas costas... sempre que há um piscar de olhos quando não se conta com ele... sempre que há um telefonema "do nada"... sempre que há um convite para "um copo"... Ainda há esperança que o desespero não vença no silêncio, mas que a fraternidade seja a bandeira da vitória.

desabafo (l)

 A incompreensão. É realmente estranho quando as pessoas que se dizem ser amigas são as primeiras que não suportam a vida do amigo e que, num momento completamente despropositado, faz com que a amizade seja totalmente posta em causa. Assim, pela falta de compreensão do que é ser um verdadeiro amigo, desfaz-se o que está feito e pensava estar bem feito e bem enraizado. De facto, para as pessoas, as mesmas pessoas são descartáveis. Vão e vêm. Estão no coração como estão no pé. E isto também é incompreensível, como se descartam as pessoas que são de coração, mas que deixam de o ser. Estica-se a mão tantas vezes, mas basta uma vez para que a mão seja recusada. É triste? Não. É incompreensível. Tudo o que é incompreensível, só precisa de alguma paz. Em nome de vivermos todos em paz, empenhemo-nos por viver em paz uns com os outros. Basta isto, mesmo que para tal seja preciso calar e ficar de boca fechada.  

desabafo (k)

 Sorrir de verdade ou não sorrir de maneira nenhuma ou sorrir de hipocrisia? Estes são os modos de sorrir que muita vezes se procuram e encontram (ou não). Há quem peça sorrisos verdadeiros quando o estado de alma assim não o quer fazer. Há quem não queira os sorrisos porque esses não lhe dão nada de novo sobre a pessoa. Há quem queira simplesmente que se mostre um sorriso porque assim sempre pode alegrar o seu dia. E o meu dia? E o nosso dia? E se o coração não quer sorrir? Às vezes não são os sorrisos que importam mas a mão próxima, a palavra escutada, a presença fraterna, uma mensagem escrita ou falada... Às vezes não são os sorrisos que contam, mas sim a proximidade. Precisa-se mais de mais proximidade, de mais toque, de mais palavras sinceras e fraternas, para que os sorrisos possam surgir como verdades do coração e da alma. 

desabafo (j)

 Ódio. Uma palavra muito forte, tal como o próprio sentimento e forma de vida são terríveis e corroem a própria vida. Ouvir da boca de alguém a dizer: "odeia-te", é impactante e triste. O impacto é por ser algo tão mau que não se compreende o porquê de haver "ódio" no coração de alguém, mas que depois se transforma em tristeza porque não se entende o porquê de haver ódio se eu não fiz nada para ser alvo e ser tratador desse mesmo ódio. À medida que o tempo passa, já não é só o que se ouve dizer que odeia que causa impacto, mas o não saber a razão do ódio e o não entender o porquê de algo tão mau continuar a existir. Depois surge outro pensamento: porque é que se alimentam ódios, quando já se sabe que o ódio corrói, destrói e mata a vida. Isto podem parecer só pensamentos soltos, mas o ódio é inexplicável, ao passo que o amor é confortante e dá sorrisos e palavras boas. Fora o ódio! Haja só Amor!  

desabafo (i)

 De repente, olho e vejo, a ternura e simplicidade de gestos genuínos, mas incompreendidos pelos demais. Que mal haverá em sorri e dar uma gargalhada genuinamente? Faz mal a alguém ou faz bem à alma e pode ser um contágio inebriante e refrescante para a vida de alguém que ouve e pode querer participar na gargalhada? Não será que já se é sisudo demais na vida e por causa da vida, para que se deixe de gargalhar a própria vida? É certo que há gargalhadas que não apetecem ser dadas nem ouvidas, mas podem ser necessárias para dar a volta a algumas situações que apertam mais a própria vida do que a libertam. Gargalhar a vida com força, porque, como alguém sábio dizia: "tristezas não pagam dívidas e lágrimas não regam lameiros".

desabafo (h)

Há realmente muitas coisas se se passam ao redor que não se dá conta delas, seja vida de pessoas próximas e/ou conhecidas, seja sobre o que se diz ou pensa sobre nós mesmos. É "estranha esta forma de vida" porque parece que nos é exigido sermos pessoas perfeitas, sem falas e há sempre alguém à espreita para que à primeira ou segunda quedas se apontem dedos e palavras afiadas, sem pensar no outro lado e sem pensar em si mesmo. É realmente "estranha esta forma de vida" que pouco é de cuidar do bem do próximo, mas que se revela na procura do seu mal e da sua desgraça. Surge-me o pensamento: dos que nos querem mal, livrai-nos Senhor.  Querer mal a alguém só por querer ou por não se concordar com algo da sua vida, é uma "estranha forma de vida". Hoje dou comigo a pensar na grande falta de coração humano. Coração humano que sabe e consegue olhar o outro pelo que ele é e não pelo que eu queria que ele fosse. Coração humano que ame com as limitações próprias da humanidade, mas que vá além das limitações e consiga ver bem mais que o próprio umbigo. Respira,... serena,... reza um pouco,... as "estranhas formas de vida não passam" mas podem vir a ser mais toleráveis.

desabafo (g)

 Inspira,... Expira,...  Inspira,... Expira,...  Inspira,... Expira,...  Inspira,... Expira,... é só isto que eu agora preciso de fazer para poder sentir-me, para poder sentir-Te, Senhor, em mim. Das vezes que dá vontade de deixar tudo, de deitar tudo para trás das costas, de partir, simplesmente partir... não sei para onde, mas para onde Tu quiseres que eu vá. Não é fácil fazer esta entrega total, mas "faça-se a Tua vontade". A Tua vontade que tanto procuro na unidade a Ti, Jesus, mas que não a concretizo nem vejo a querer ser concretizada na vida de uma série de pessoas. E é isto que me faz querer parar, deixar e partir para onde Tu quiseres. Penso algumas vezes nos apóstolos que foram adaptando-se no dia a dia á novidade de ser de Jesus, querendo-O como Pastor e Gui
a dos seus passos,... e olho e não vejo vontade de batizados como eu em querer-Te, Senhor e em querer dar as suas vidas a Ti. E isto faz-me pensar: "estou a prostar a minha vida diante de quem não quer ouvir-Te e que não quer converter-se?" Faz-me quer parar, deixar e partir, mas "faça-se a Tua vontade". 

sentir o pulsar da vida (z)

Parecem turbinas, em constante movimento na cabeça, as ideias que vão surgindo em velocidade vertiginosa. São muitas as ideias por criatividade e por pensamento na vida e no próprio valor da vida. Provoca "dores de cabeça"? Sim. Não apetece nada senti-las? Não. Mas tem que se viver com elas, e arranjar o melhor "remédio" para as poder atenuar. Haja a clara noção de que estas "dores" são provocadas por nós mesmos e por outros que teimam em provocá-las. Hoje só penso em Ti, Senhor, nas #dores de cabeça" que Te provoco a Ti e que muitos Te provocam. Era mais fácil ser mais paciente, relaxado, confiante, sereno e saber calar e silenciar. Mas não é assim muitas vezes. Por isso mesmo hoje penso em Ti e para Ti elevo a minha alma, porque sei que só em Ti, conTigo e a partir de Ti se consegue continuar a caminhar. Sinto as vozes maliciosas, mas também as bondosas. Sinto a maldade, mas também a bondade. Sinto o ódio, mas também o amor. Sinto a tristeza, mas também a alegria. Sinto  a dor, mas também o alívio. Sinto falta de ar, mas também o suspiro reconfortante. Sinto as turbinas na cabeça, mas sinto a paz no coração. ConTigo, em Ti e só para Ti!

sentir o pulsar da vida (x)

Quantas coisas vão na alma,... inquietações de pensamentos,... turbilhões de sonhos,... Avalanches de luzes e sombras que toldam e abrem o horizontes. Talvez o que posso dizer é: confusão. Sim, sinto uma grande confusão. Sim, vivo numa grande confusão. Porquê? Porque muitos dizem muitas palavras soltas e o "puzzle" tem milhares de peças e não se consegue montar. Consegue-se viver assim? com um horizonte toldado e moldado por milhares de sombras, luzes e palavras? Não. Porque o que é sim também é não. O que é não também é sim. E depois? afinal o que se vê? Para onde se vai? O que se segue? Só há uma luz que sinto que nunca se perde... a Tua Luz Senhor. Sinto confusão? Leio-Te, penso em Ti, faço por te amar mais e melhor. Consigo? Nem sempre. Mas quero, porque só Tu dás o discernimento no meio de tanta confusão e de tanta iluminação sortida. Por isso Te olho... Te sinto,... Te quero,... Te rezo,... Te desejo,... Te amo,... Só a Ti, Senhor!

sentir o pulsar da vida (v)

Vontade de ouvir o meu próprio grito interior que é muito alto por haver tanta incompreensão e maldade no coração humano... Não me revolta, mas leva-me a não entender de nenhuma maneira, o que leva alguém a odiar sem mais nem menos, e a promover ódios? Também é verdade que os ódios não se promovem sem razões nenhumas, mas ao ponto de querer e desejar fazer mal sem olhar a meios? Depois paro e penso! de facto, ser cristão não é ser ódio, mas ser amor! Não posso gritar, tenho que silenciar o grito que poderia ferir outras vidas. Penso muito nisto: silenciar os ódios para que eles se desfaçam e só haja amor. Só haver amor... seria realmente bom! Para tal é preciso não deixar de fazer como Ele, pois as Suas Palavras não podem ficar esquecidas: "como Eu vos fiz, fazei vós também... amai-vos uns aos outros como Eu vos amei!" A pulsação só pode ser o amor!

sentir o pulsar da vida (u)

São várias as vezes que se sentem turbilhões de vidas. EM tantas vidas com quem se cruza, há palavras e ações cheias de sombras e trevas. Isto custa muito ver esta escuridão que não passa, só se adensa. Sentir as trevas não é bom, nem para mim nem para ninguém. è certo que às vezes, pode acontecer, sermos mais escuridão do que luz, mas não podemos ficar sem ver, pois não ver o horizonte mata a vida. E quando se recebe tanta escuridão e tão pouca luz? Parece que às vezes o mal ganha e o bem fica "perdido". Mas o bem gera bem, seja no imediato seja num futuro, pois, mais tarde ou mais cedo, alguns haverão de conseguir perceber e ver que: afinal o que pareceu mal, não foi tão mal assim, pois só foi um pequeno tombo do qual se recuperou bem rápido. Mas sentir a escuridão não é bom... sejamos mais luz e vejamos mais a beleza da vida, pois o bem atraia o bem, a luz chama a luz, a simpatia chama a simpatia, o amor chama o amor! Valha-nos isto!

sentir o pulsar da vida (t)

Parece que nos últimos tempos só se sentem tristezas infindáveis, pois muitas coisas boas se recordam e fica uma tristeza saudosista de pessoas que marcam a vida e que já vivem a eternidade sem fim. Sinto que a perda acontece, mas não queria que ela se sentisse tanto, pois sabe-se que morremos, mas não se sabe viver com a ausência física. Não lacrimejo diante de ninguém (só quando não dá mais), mas sinto que muitos abraços estão perdidos por muitas faltas sentidas e que os "rios salgados" não deixam de correr algumas vezes. Não é uma coisa negativa, não o sinto assim, mas é algo que se sente e não se deixa de sentir, por mais que se queira! Agora mesmo... cai uma ... cai outra... cai mais uma... sinto-me bem, porque lembro as lágrimas de Maria a chorar pelo Filho e lembro as lágrima de Maria a chorar pelas minhas falhas... Faz sentir mais tudo, sim! Mas faz-me querer levantar e seguir rumo ao horizonte!

sentir o pulsar da vida (s)

Dou comigo a ouvir uma melodia que acho tão perfeita que me faz arrepiar tudo o que está dentro de mim. Há melodias que têm este poder: fazer sentir tudo o que há dentro de uma pessoa. Não são muitas as melodias que me fazem sentir assim. Letras decoro pouco, mas notas fazem-me sentir muito. Sinto nesta melodia que ouço um misto de tristeza e alegria, de sofrimento e de paz, de guerra e de fim, de certeza e de incerteza. São assim as boas melodias, acho eu: notas que se juntam e compõem a vida, pois ao ouvir esta melodia (que não digo qual é) lembro muito da vida que passou, da vida que agora vivo e olho o que estará para vir. "Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio, habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida"... agora e para toda a eternidade. Quero que nunca faltem boas melodias na vida das pessoas e que todos possam compor a sua e tocá-la em cada dia, para que a vida possa ser realmente mais feliz e mais cheia de bondade e que nunca falte o amor verdadeiro e sincero!

sentir o pulsar da vida (r)

Sentem-se lágrimas que são reflexos do estado de alma e do sentido da vida. As lágrimas são sinal de muitas coisas: alegria, tristeza, dor, emoção, euforia,... Quando as lágrimas surgem no rosto, alguma coisa está a acontecer. É bom que as coisas aconteçam, sejam elas de que modo sejam, é sempre positiva a demonstração dos sentimentos. Já tive lágrimas? Já. Muitas. Sempre com muitas emoções. Repletas de sentimentos à flor da pele. Cheias de coração pulsante que sente e se manifesta. Sentidas de alegria e de dor por mim mesmo e por muitas outras coisas que acontecem e sucedem na vida. Mas a vida sem lágrimas é vida? Ser é, mas não seria a mesma coisa, pois as lágrimas são mais uma forma de manifestar o que vai na alma... que nem sempre se extravasa para fora. 

sentir o pulsar da vida (q)

Pequenos saltos de alegria que fazem voar a alma para lugares não sonhados, mas que são realidades desejadas em cada dia. O êxtase da alegria faz dar pequeninos saltos de sorrisos e de maravilhosos voos de liberdade que dão sentido a tanta coisa que é sem sentido. Sinto-me leve porque sinto a vida como dom d'Ele e não como posse minha. Em alguns momentos quis ser alguma coisa, hoje sinto que só quero ser d'Ele. Este é o êxtase de alegria que me faz dar pequenos saltinhos de doce alegria. Sinto que tenho que perguntar o porquê da necessidade de tantas "coisinhas" na vida, quando uma só é necessária: sentir o Seu Amor e dá-l'O sem medida. Dar o Seu Amor que é também o meu amor... só dar,... dar,... dar,... Pois já se recebe tanta coisa que só é coisa que é preciso dar o que de melhor há! Sinto esta leveza da na alma e no corpo, uma leveza que tão somente porque me entreguei a Ele e cada vez entendo que sou só d'Ele e por isso me sinto leve de alegria.

sentir o pulsar da vida (p)

Seria bom sentir mais a vida, porque muitas vezes não se sente. Apesar do ditado: "quem não sente não é filho de boa gente", nãos e fique admirado com a insensibilidade de algumas pessoas que mais parece não terem sangue quente. E sim, isto consta-se muitas vezes, mas do que aqueles que seria desejável, porque não se sente o calor do coração... porque não se sente a compaixão... porque não se sente o perdão... sentem-se coisas muito más, muito negativas, muito frias! Que há maldade já se sabe, mas que a maldade seja um gosto maquiavélico do ser humano em constante aplicação diária para lesar o próximo deliberadamente? É muito triste e magoa imenso. Não só vejo, mas sinto o que vejo e exprimo o que sinto quando sou alvo de uma frieza calculável e desesperante. Não é bom sentir os pecados dos outros. Não é bom sentir facas afiadas que são as palavras das "costas" que são mais punhais que meras palavras. Não é bom sentir, porque magoa e faz chorar. Sentem-se assim pedaços da vida que se estilhaçam em pedaços mais pequenos e que fazem estragos. Senhor, não me ajudes a compreender a frieza humana, mas ajuda-me a aceitá-la e a perdoá-la!