segunda-feira, outubro 30, 2023

desabafo (p)

 Lidar com o imprevisível,... com o desconhecido,... não é fácil pois exige confiança e entrega. Uma confiança e entrega em Deus e não no vazio, no nada. Muitas vezes me deparo com este desconhecido, ou melhor, todos os dias me deparo com ele, mas tento fazer o exercício da confiança e da entrega em Deus e nas mãos de Deus: Senhor, sou todo Teu, tudo é Teu, eu sou Teu! É um exercício espiritual e humano que, confesso, nem sempre tem de mim a entrega total, parece que fica sempre um pé atrás, bem preso, bem seguro, que custa a movimentar-se. Sonho com o testemunho de tantos e tantas que tiveram a capacidade de deixar tudo para seguir... que conseguiram construir a vida tendo só o Senhor como a rocha. Não os invejo, mas procuro neles o "clique" que preciso para não estar com o pé preso onde quer que seja. Por isso rezo: Senhor, sou todo Teu, tudo é Teu, eu sou Teu!

quinta-feira, outubro 12, 2023

desabafo (o)

Quantas vezes paro para querer rezar... rezar muito, não sei o que é, mas rezar bem, em unidade a Ele. Mas não consigo (pelo menos é o que parece). Passam muitos pensamentos pela cabeça (a vida). Vêm ao coração situações da vida atual, passada e sonhos e esperanças do futuro. Paro, refilo comigo mesmo e digo-me: para, não estás a pensar n'Ele... não te estás a abandonar nas Suas Mãos... o que se passa contigo por trazeres tantas coisas e não O ouvires a falar-te? Só me surge uma razão: demasiado cheio de mim mesmo e das minhas coisas. Então vou pensando em tudo, falando de tudo, até não ter mais nada. Passado algum tempo (nem sei se muito nem pouco), consigo estar sozinho com Ele. Ele pode encher-me da Sua Graça porque agora só sou eu e Ele e todo o mundo (que não ficou para trás) que permanece no meu coração, mas que Ele agora envolve de uma forma que me faz entender outra vez: nada é teu, tudo é Meu.

segunda-feira, outubro 02, 2023

em reflexão... (21) coração ardente caminhando com Maria

 

O Papa Francisco faz-nos uma reflexão para o Dia Mundial das Missões, a partir do texto do evangelho de São Lucas: CORAÇÕES ARDENTES, PÉS AO CAMINHO (Lc 24, 13-25). A partir dos discípulos que saem de Jerusalém, tristes e desolados, para Emaús (após a paixão e ressurreição), relembramos que as circunstâncias da vida são diversas, mas que é a partir e dentro da mesma vida que o Senhor se continua a revelar. Quando deixamos e queremos que Ele nos fale continuamente e lh’E pedimos que fique connosco, vamos sentir o nosso coração a arder e o impulso de não ficar dentro de si mesmo, mas partilhar a vida com o mundo.

Um coração que arde de amor por Jesus é um coração inquieto que tem a necessidade de espalhar esse fogo pelo mundo. Dentro nas nossas comunidades há muitos corações ardentes, mas há corações que precisam de sentir este fogo de Jesus que não queima, mas que arde bem dentro e transforma tudo em força e em esperança. O coração ardente também é sinal da fé como dom e como caminho com Deus ao encontro do próximo. O coração ardente é o que não se deixa estar acomodado, mas que (apesar das dificuldades) continua a remar num mar que pode ser desconhecido e que na necessidade de remar tem a força de Jesus para que os braços e o coração não se cansem. O coração ardente é aquele que vai ouvindo a voz de Jesus até chegar ao ponto de querer ter e ser o Coração de Jesus.

No mês de outubro, também vivemos o mês do Rosário. Rezemos o Rosário todos os dias, pessoal e comunitariamente. Peça cada um a Nossa Senhora, através da oração do Rosário, as graças: de um coração ardente, de um sorriso sincero, de paciência nas tribulações, de perseverança no caminho de cada dia, de vocações à Igreja e de viver com todos em verdadeira paz. Com o coração em Jesus, caminhemos com Maria.

Paz e bem!