Lidar com o imprevisível,... com o desconhecido,... não é fácil pois exige confiança e entrega. Uma confiança e entrega em Deus e não no vazio, no nada. Muitas vezes me deparo com este desconhecido, ou melhor, todos os dias me deparo com ele, mas tento fazer o exercício da confiança e da entrega em Deus e nas mãos de Deus: Senhor, sou todo Teu, tudo é Teu, eu sou Teu! É um exercício espiritual e humano que, confesso, nem sempre tem de mim a entrega total, parece que fica sempre um pé atrás, bem preso, bem seguro, que custa a movimentar-se. Sonho com o testemunho de tantos e tantas que tiveram a capacidade de deixar tudo para seguir... que conseguiram construir a vida tendo só o Senhor como a rocha. Não os invejo, mas procuro neles o "clique" que preciso para não estar com o pé preso onde quer que seja. Por isso rezo: Senhor, sou todo Teu, tudo é Teu, eu sou Teu!
.
segunda-feira, outubro 30, 2023
quinta-feira, outubro 12, 2023
desabafo (o)
Quantas vezes paro para querer rezar... rezar muito, não sei o que é, mas rezar bem, em unidade a Ele. Mas não consigo (pelo menos é o que parece). Passam muitos pensamentos pela cabeça (a vida). Vêm ao coração situações da vida atual, passada e sonhos e esperanças do futuro. Paro, refilo comigo mesmo e digo-me: para, não estás a pensar n'Ele... não te estás a abandonar nas Suas Mãos... o que se passa contigo por trazeres tantas coisas e não O ouvires a falar-te? Só me surge uma razão: demasiado cheio de mim mesmo e das minhas coisas. Então vou pensando em tudo, falando de tudo, até não ter mais nada. Passado algum tempo (nem sei se muito nem pouco), consigo estar sozinho com Ele. Ele pode encher-me da Sua Graça porque agora só sou eu e Ele e todo o mundo (que não ficou para trás) que permanece no meu coração, mas que Ele agora envolve de uma forma que me faz entender outra vez: nada é teu, tudo é Meu.
terça-feira, setembro 12, 2023
desabafo (n)
terça-feira, setembro 05, 2023
desabafo (m)
Imagens de pessoas e situações que revelam desespero, não faltam! E o desespero que por vezes nos assombra a nós mesmos e pessoas que estão mesmo ao nosso lado? Desespero que está em silêncio, calado, quieto... Desespero que não é revelado por medo e por ignorância. Desespero que não é tratado com amor, com afetos, com fraternidade. Desespero que quer falar bem alto e gritar,... mas não,... fica reprimido. Desespero que se revela muito mau para quem o sente e para quem, mais tarde, pode ser tomado por ele. Parece que muitos o vão sentindo (eu próprio), não por falta de confiança e entrega a Deus, mas pela falta de humanidade e fraternidade humana (cada vez mais evidente). Há esperança, sempre. Sempre que alguém se sente e ouve... sempre que alguém surpreende com uma palmadinha nas costas... sempre que há um piscar de olhos quando não se conta com ele... sempre que há um telefonema "do nada"... sempre que há um convite para "um copo"... Ainda há esperança que o desespero não vença no silêncio, mas que a fraternidade seja a bandeira da vitória.
terça-feira, agosto 22, 2023
desabafo (l)
A incompreensão. É realmente estranho quando as pessoas que se dizem ser amigas são as primeiras que não suportam a vida do amigo e que, num momento completamente despropositado, faz com que a amizade seja totalmente posta em causa. Assim, pela falta de compreensão do que é ser um verdadeiro amigo, desfaz-se o que está feito e pensava estar bem feito e bem enraizado. De facto, para as pessoas, as mesmas pessoas são descartáveis. Vão e vêm. Estão no coração como estão no pé. E isto também é incompreensível, como se descartam as pessoas que são de coração, mas que deixam de o ser. Estica-se a mão tantas vezes, mas basta uma vez para que a mão seja recusada. É triste? Não. É incompreensível. Tudo o que é incompreensível, só precisa de alguma paz. Em nome de vivermos todos em paz, empenhemo-nos por viver em paz uns com os outros. Basta isto, mesmo que para tal seja preciso calar e ficar de boca fechada.
segunda-feira, agosto 14, 2023
desabafo (k)
Sorrir de verdade ou não sorrir de maneira nenhuma ou sorrir de hipocrisia? Estes são os modos de sorrir que muita vezes se procuram e encontram (ou não). Há quem peça sorrisos verdadeiros quando o estado de alma assim não o quer fazer. Há quem não queira os sorrisos porque esses não lhe dão nada de novo sobre a pessoa. Há quem queira simplesmente que se mostre um sorriso porque assim sempre pode alegrar o seu dia. E o meu dia? E o nosso dia? E se o coração não quer sorrir? Às vezes não são os sorrisos que importam mas a mão próxima, a palavra escutada, a presença fraterna, uma mensagem escrita ou falada... Às vezes não são os sorrisos que contam, mas sim a proximidade. Precisa-se mais de mais proximidade, de mais toque, de mais palavras sinceras e fraternas, para que os sorrisos possam surgir como verdades do coração e da alma.
quinta-feira, agosto 10, 2023
desabafo (j)
Ódio. Uma palavra muito forte, tal como o próprio sentimento e forma de vida são terríveis e corroem a própria vida. Ouvir da boca de alguém a dizer: "odeia-te", é impactante e triste. O impacto é por ser algo tão mau que não se compreende o porquê de haver "ódio" no coração de alguém, mas que depois se transforma em tristeza porque não se entende o porquê de haver ódio se eu não fiz nada para ser alvo e ser tratador desse mesmo ódio. À medida que o tempo passa, já não é só o que se ouve dizer que odeia que causa impacto, mas o não saber a razão do ódio e o não entender o porquê de algo tão mau continuar a existir. Depois surge outro pensamento: porque é que se alimentam ódios, quando já se sabe que o ódio corrói, destrói e mata a vida. Isto podem parecer só pensamentos soltos, mas o ódio é inexplicável, ao passo que o amor é confortante e dá sorrisos e palavras boas. Fora o ódio! Haja só Amor!