quarta-feira, julho 28, 2010

amar simplesmente


Circunstâncias da vida fazem não nos deixar compreender qual o seu valor e o seu sentido. Deixam-nos também em aberta a questão: de que vale a pena viver se de um momento para o outro o tapete desaparece do chão (é-nos arrancado com toda a força)? Penso eu que olhamos a vida segundo os nossos desejos absolutos e não vamos vivendo mediante o dia que vamos tendo. Também acho que pessoalmente é muito bom preparar o futuro. O futuro que pode ter um grande brilho ou uma simples dor prolongada... Por isso é que depois de tanto pensar no futuro nos podemos esquecer do presente e do simples dia que vivemos. Este sim, é o importante no momento e na hora. As surpresas que a vida nos dá podem ser boas ou menos boas, mas não nos podemos esquecer que o momento a seguir a este é sempre uma surpresa. Então o que é que resta para dar sentido à vida? Amar! Sejam anos, meses, dias ou horas, acho que devemos amar e não ter medo de o fazer. Amar sem julgar. Amar sem preconceitos. Amar simplesmente. Este é o sentido da vida! o sentido que Deus dá à minha vida! O sentido que tento viver todos os dias! (mesmo que hajam lágrimas ao canto do olho...)

terça-feira, julho 27, 2010

depois de um momento de vida

«Há poucos momentos em que ao longo das nossas vidas conseguimos parar e pôr toda a nossa vida em perspectiva, ou seja, olhar o passado e dar conta das “voltas” da vida. Voltas porque no nosso caminho por vezes deixamos de andar em frente e colocamo-nos a andar às voltas sobre um único momento. Não que isto seja mau, mas a vida deve ser um caminhar em frente.

Se recordarmos tempos passados das nossas vidas poderemos encontrar bons e maus momentos. Por isso é que é bom parar para pensar. A morte faz-nos parar para pensar (pelo menos a mim). Pensar no valor e no sentido que a vida tem.»

A morte acontece a todos os instantes de vida do nosso planeta e do Universo. Temos de saber viver com ela e não repudiá-la para longe e virar-lhe a cara como sendo simplesmente um mal terrível. Para mim, homem de fé, a morte é um acontecimento que marca o "nascimento" para a eternidade. Penso também que o ser humano dedica mais tempo a pensar na morte (no "fim" como alguns dizem) do que a dedicar-se à vida.

Quando falo de Vida, quero referir-me à Vida enquanto qualidade de bons momentos que podemos ter uns com os outros. Momentos que podem ter ou não alegrias, mas que são vividos intensamente por quem sabe amar e sabe dedicar a sua vida ao próximo.

Nos últimos dias penso no valor da Vida. O valor que eu lhe tenho dado e que o mundo lhe dá. Concluo: precisamos tanto de viver mais intensamente e desinteressadamente o nosso dia-a-dia... (digo-o com um lágrima no canto do olho)

sexta-feira, julho 16, 2010

“...escolheu a melhor parte,...”Lc 10, 42

“...escolheu a melhor parte,..."

O que é escolher a melhor parte? Hoje, nos tempos que vivemos, a maior parte da humanidade quer sempre o que é bom e o que é melhor, mas em nome do bom e do melhor também podem ser cometidas alguma “atrocidades” na vida pessoal de cada um, não dando assim espaço para momentos de vida e vida de qualidade. Escolher a melhor parte é escolher o bom caminho da vida.

Mas o que é o bom caminho da vida? A resposta é simples: é o trilho que nos leva a viver bem connosco próprios e com o nosso próximo e, também, o trilho que dá sentido à existência humana pessoal e comunitária. Este é o caminho de vida que nós, humanos, podemos e devemos calcar!

Escolher a melhor parte” não é complicado. Difícil é perseverar nessa mesma parte. Estas palavras foram ditas por Jesus no elogio que ele faz a Maria por esta ter escolhido ouvi-l’O. Interessante esta atitude de Maria, que ao contrário da sua irmã Marta, quis ouvir o que o Senhor tinha para dizer e senta-se aos seus pés, provavelmente à espera de respostas para a sua existência ou até mesmo para escutar as palavras de Jesus.

Cada vez são menos as vezes que nós, cristãos, nos sentamos a ouvir o que Jesus tem para nos dizer, ou até mesmo para lhe perguntar alguma inquietação da vida, ou até para lhe dar uma resposta com a nossa própria maneira de viver. Por tudo isto é pertinente que nos sentemos e, calmamente, pensemos que parte da vida escolhemos: viver ou ir vivendo?

Jesus aponta o caminho de viver! Viver para o nosso próximo, viver para nós próprios e viver para Deus. Estamos dispostos, nós cristãos, a dar sempre real testemunho da nossa fé escolhendo a melhor parte?