sábado, agosto 16, 2014

«Mulher, e grande a tua fé. Faça-se como desejas» cf Mt 15,21-28

A fé é dom de Deus. Cada pode receber este dom de coração aberto e fazer dele um caminho na própria vida. Um caminho onde se avança sempre e nunca se desiste, mesmo com as adversidades e tempestades que ocorrem no dia-a-dia. Assim, A Palavra de Deus é sempre uma continua novidade cada vez que nos lembra que a Salvação é universal, ou seja, estende-se a todos os homens e mulheres, independetemente das suas diferenças. Talvez aconteça que por falta de universalidade no coração da humanidade, não se respeite o próximo, não se pratique a justiça e, consequentemente, não se tenha um coração enorme de amor/comunhão.

O profeta Isaías ao dar a conhecer a maneira sem esperança, angustiada e derrotada como o povo de Isarel vivia no regresso a Jerusalém, lança-nos na aventura de descobrirmos que as reconstruções da vida demoram o seu tempo, e que é preciso acolher tudo e todos na reconstrução da mesma vida. Eu sem o outro não sou ninguém. Sem pessoas na minha vida, sejam elas de onde forem, não vivo. Esta mensagem do profeta Isaías ao povo baseava-se na reflexão que o mesmo fazia para concluir quem poderia fazer parte deles. Todos fazem parte do coração de Deus e todos formamos um só povo que caminha junto. Talvez, por vezes, entre irmãos e irmãs sejamos demasiado ameaçadores e isto não conduz à unidade.

Jesus ao dialogar com a mulher cananeia, prova a sua fé e dá a conhecer o modo ridículo como alguns do seu tempo se separavam em "castas". No esforço, na insistência, na perseverança da mulher, encontra-se o verdadeiro crente: aquele que acolhe os dons de Deus e aquele que procura descobrir a contade do Senhor na sua vida. A mulher (mesmo estrangeira ao povo judeu) acolheu o Senhor, e procurou o caminho do Senhor na sua vida. Não só lhe valeu o elogio da fé, mas a cura da filha. Pensando em nós mesmos, nas nossas famílias, na nossa paróquia: acolho e sou acolhido? procuro e ajudo na procura? Sou cristão que vive a fé ou cristão que me sirvo da fé?

1 comentário:

Maria disse...

Nós temos uma certa dificuldade em nos separarmos das coisas do mundo do nosso «eu» de nos darmos numa entrega total...e a fé o amor de Cristo não é por metades,é tudo,tudo mesmo,