sexta-feira, julho 15, 2016

carta (a)


Escrevo-te, Senhor, com o olhar no infinito que é finito de tudo o que se vê. Escrevo com palavras que querem fluir, mas que não sabem como sair nem onde poisar. Agora o olhar é de finitude, pois parece que há muitas coisas vazias de sentido na minha vida. Sim, eu sei e tenho a firme certeza que tu és o Único Sentido... Mas quando a volta os afetos, as formas de ser, os gestos, os olhares são de maior fim do que infinito,... há muitas coisas que perdem sentido. Infelizmente há pessoas que não se apercebem que a sua falta de verdade e afetos magoa! Para quê, Senhor, criar uma imagem do que não se é para se alcançar os fins pessoais e não o bem de todos? Porque é que há quem só olha para si, e esconde do próximo o que realmente quer e faz? Estas são as únicas palavras que agora se soltam ao vento. Soltam-se na esperança de encontrar a resposta no mesmo vento que as leva, para que não as traga, mas para que abane o ser das pessoas. Senhor, sou teu e do mundo onde tu me queres!

1 comentário:

maria disse...

Pe. Angelo muitas vezes tenho a tentação de pegar numa caneta e escrever a Jesus,onde flui tudo aquilo que vai dentro de nós.
Gostei muito, é verdade a vida de aparências não conduz a nada ,nem faz bem a ninguém,mas infelizmente falar com o coração,expormos os sentimentos mais nobres,uma pura amizade,uma atitude de simples é como se fosse do outro mundo... anda tudo a pensar em si próprio esquecendo que só o bem comum,a entrega, leva à felicidade.