terça-feira, abril 24, 2018

carta (l)


Senhor, às vezes paro um bocadinho a pensar sobre as coisas da vida, mas de modo especial sobre as minhas atitudes, as atitudes de mim para com os outros e, também, as atitudes dos outros para comigo. Parece não ser mal nenhum pensar nestas coisas. Hoje tenho que desabafar isto: estou farto de pessoas que só pensam mal e são más. Na vida da humanidade, todos os dias, há novidades sobre pessoas que são más para com outras: matam, ferem, são indiferentes, só olham para o seu próprio umbigo... Na vida mais próxima, há gente que passa o tempo a falar mal e a ser má para outras pessoas. É certo que nem sempre se dá conta disto, porque há bons corações e boas bocas que não o fazem,... mas quando acontece e essas "maldades" vêm ter ao meu coração, são um peso tão grande! Não sou ingénuo ao ponto de pensar que não existe maldade, pois ela existe. Só não compreendo a razão para se fazer uso dela: em palavras, ações e pensamentos. Não compreendo, Senhor, porque é que há pessoas que só veem as fragilidades nos outros. Não compreendo, Senhor, porque é que há pessoas que não se alegram com a felicidade dos outros, fazendo ações e palavras para que o outro esteja e viva mal. Não compreendo, Senhor, porque é que cristãos se tratam mal uns aos outros. Não compreendo, Senhor, porque é que há pessoas mais felizes com o mal de outras pessoas do que com o seu bem. Não compreendo, Senhor, a razão pela qual há pessoas que não querem ser felizes e fazer os outros felizes. E este peso no coração e na alma é muito grande. Há uma coisa que compreendo, Senhor: que o peso da Tua Cruz é muito maior que o peso que sinto, e por isso te peço, alivia-me com o teu Amor.

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