segunda-feira, outubro 01, 2018

carta (n)


Senhor, no fim deste dia escrevo-te sobre o se eu sou o que chegue e faço o que chegue ou é preciso fazer e ser muito mais. Este exame de consciência nasce de uma música que ouvi à pouco. Parece-me que há muitas maneiras de se fazer um verdadeiro exame de consciência. Por isso esta música que diz que nunca chega… fez-me pensar se hoje fiz o que chega-se, não por mim, mas por Ti. Pensei um pouco e conclui que durante a maior parte da vida fiz mais "coisas" para os outros que para mim, porque se para mim as metas, objetivos e "coisas" já pareciam que chegavam, sempre quis ir mais além e ir ao "outro lado" de tudo. Faço o que chegue? Não, posso fazer muito e muito mais. Se alguém alguma vez me diz que já fez tudo o que podia, sempre fico a pensar: "não poderás fazer um pouco mais? Examino a minha consciência e a minha vida e penso nas pessoas que fazem tanto e tanto e nunca lhes parece ser o que baste, mas continuam a lutar e a dar de si mesmas, sem se aperceberem que estão a dar tudo de tudo o que têm… E penso nesta noite nestas pessoas que conheço (e noutras que ouço falar) que dão tudo por tudo pela vida e para a vida e nem sequer pensam se já chega ou não chega, porque isso não é uma meta a atingir, pois a meta é simplesmente dar. Penso também nas pessoas que não se olham e que precisam de se olhar para dar mais de si… penso em tantas pessoas e tanta gente que vou guardá-las comigo no coração e tê-las na minha memória para que sempre eu dê,... dê,... dê,... tudo por elas. Bem-haja, Senhor pelo Teu coração que me mostra que nunca chega e pode ser sempre mais…

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