terça-feira, setembro 12, 2023

desabafo (n)


É incompreensível, pelo menos para mim, a maldade humana. Felizmente (ou infelizmente) não sei viver com rancor e mágoa dentro de mim, e quando a sinto do exterior para mim, não entendo nunca a razão. Não sou melhor do que ninguém, só não entendo. Como não entendo a maldade, não entendo a necessidade da maledicência, da coscuvilhice e da má língua, só pelo simples prazer de fazer mal ao próximo. Não me venham com a conversa de que quando se fala mal de outra pessoa não se lhe deseja mal nenhum... Mal é mal e ponto. Não é quem faz e diz o mal que o sente, mas é quem o vê, ouve e sofre que o sente. Não é um bom sentimento. Deixa tristeza, incompreensão, ferida, dor... Já senti (e sinto isto) algumas vezes e não é bom. Desconfio que só há maldade quando não há sinceridade,... verdade,... bondade,... quando não há amor. Um coração que odeia é um coração que não ama, infelizmente. Pois onde há ódio não há amor, nem mesmo lá no fundo, no fundo, no fundo. É por causa disto que eu prefiro ter um coração que ama e que sofre com a maldade dos outros. 

terça-feira, setembro 05, 2023

desabafo (m)


Imagens de pessoas e situações que revelam desespero, não faltam! E o desespero que por vezes nos assombra a nós mesmos e pessoas que estão mesmo ao nosso lado? Desespero que está em silêncio, calado, quieto... Desespero que não é revelado por medo e por ignorância. Desespero que não é tratado com amor, com afetos, com fraternidade. Desespero que quer falar bem alto e gritar,... mas não,... fica reprimido. Desespero que se revela muito mau para quem o sente e para quem, mais tarde, pode ser tomado por ele. Parece que muitos o vão sentindo (eu próprio), não por falta de confiança e entrega a Deus, mas pela falta de humanidade e fraternidade humana (cada vez mais evidente). Há esperança, sempre. Sempre que alguém se sente e ouve... sempre que alguém surpreende com uma palmadinha nas costas... sempre que há um piscar de olhos quando não se conta com ele... sempre que há um telefonema "do nada"... sempre que há um convite para "um copo"... Ainda há esperança que o desespero não vença no silêncio, mas que a fraternidade seja a bandeira da vitória.