sábado, julho 12, 2014

"E aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Esse dá fruto" (cf Mt 13,1-23)

Qual a real importância que a Palavra de Deus tem na minha vida? Qual a forma como ele é acolhida no meu coração? Importo-me com o que o Senhor me diz na Sua Palavra? Que tipo de coração é o meu? São estas algumas das interrogações que me surgem diante das leituras deste XV Domingo. 

O Senhor fafala através do profeta Isaías que no tempo do exílio (já no seu final) dá conta que o coração das pessoas do povo põe em questão o Senhor: cumprirá a Sua Palavra? Quando na vida parece que nada tem resposta para os anseios do coração, nem mesmo a palavra de Deus, é recorrente duvidar de tudo. Por isso o Senhor diz que tal como a chuva e a neve quando caem cumprem a "sua missão", também a Palavra de Deus quando cai no coração e na vida da humanidade cumpre a sua missão, pois a gratuidade do amor de Deus não é um segundo plano, mas tem o papel principal na vida de muitos. Assim, hoje e sempre cabe refletir sobre a forma como eu/nós escutamos a Palavra de Deus? Com esperança, anseio e confiança, ou como um paracetamol, antinflamatório ou simples antibiótico para as questões da vida? Não usaremos demasiadas vezes o Senhor e a Sua Palavra para o que convém, deixando de lado a realziação da mesma na vida quotidiana?

Jesus falava do Reino através de parábolas para que mais gente o compreendesse, mas muitos ficariam maravilhados com elas, mas não entravam na profundidade do seu mistério. Só o que tem um coração aberto e disponível consegue compreender o Senhor e aceitar o desafio de viver com o Seu coração. assim, Jesus conta que o semeador lança as dementes, mas algumas caem à beira do caminho, outras no meio de pedras, outras sufocam-se pelos espinhos e algumas em boa terra. O resultado é simples: uns deixam que as aves (que são o maligno) levem a semente e estes são os corações duros, porque são pisados no caminho; outros, como não têm muito espaço para onde crescer as raízes, são os corações inconstantes que se animam depressa, mas que não crescem; outros, como se deixam sufocar pelas coisas do mundo, sufocam a semente e são os corações materialistas; mas também há os corações bons e disponíveis que são os que ouvem, aceitam e vivem segundo a Palavra, produzindo bons frutos. Qual é o meu/teu coração?

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito boa reflexão. Revejo o meu coração em algumas das situações que aponta!Talvez seja demasiado "inconstante"! Vou meditar e orar para que o Espirito Santo, me dê o dom da Perseverança!
Obrigada pela partilha desta reflexão.

maria disse...

O meu coração é um disponível,mas falta ainda muito caminho a percorrer,tenho consciência disso.