terça-feira, maio 18, 2021

carta (x)



O conjunto de sentimentos que surgem entre pessoas são dotados de veracidade e, infelizmente, de interesses pessoais. Escusado será que eu prefiro os verdadeiros, uma vez que são eles que movimentam verdadeiramente os corações e o mundo. Por isso, Senhor, me recordo várias vezes de momentos em que Tu mostras que se tem de ir à profundidade da essência dos sentimentos e das ações, uma vez que sem ir à essência, não se encontram os valores que dão vida. Por isto, gosto de meditar as palavras que Tu dizes: «aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração». Aqui se encontra a verdade, na mansidão e na humildade, pois um coração tumultuoso, impaciente e inquieto, não encontra a paz interior. E é de paz interior que eu/nós precisamos. No desbravar dos caminhos da vida, entendo que é a paz interior que faz mover procuras e buscas de algo que se alcança com um coração manso e humilde. E este é o exercício a ser feito: crias/recriar/formar um coração manso e humilde. Posso bater a muitas portas (coisa que não faço) mas só em Ti encontro o que preciso, pois como alguém me disse: parece haver um antes de rezar um um pós oração. E é verdade! Tudo o que é rezado é mais sentido e vivido, mesmo que sejam as preocupações e dificuldades da vida. Tu, Senhor, abres o caminho e dás o horizonte, que nem sempre é o que eu quero, mas será sempre aquele que será, aquele que Tu queres. 

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